Consultório:
Rua Cel. Lisboa, 234 - Vila Mariana - São Paulo/SP - CEP 04020-040 - Veja o Mapa Fones : (011) 5082-4840 / (011) 93147-2650 (whatsapp link). |
|||||||
ALERGIAS
ALIMENTARES DOENÇAS
INFANTIS E SUAS RELAÇÕES COM
ALERGIAS ALIMENTARES Alergias
são manifestações orgânicas, via sistema imunológico, conseqüentes
das reações que o organismo
utiliza contra substâncias
estranhas ( alergenos ) ao seu funcionamento , sendo que estes alergenos
podem ser absorvidos pela pele ,
inalados e /ou ingeridos
como os alimentos e os ingestantes ( toxinas, fungos, aditivos,
restos de insetos etc. , que vem junto com os alimentos ). Normalmente a
reação alérgica é uma resposta do sistema imune a uma proteína ou uma
molécula ligada a proteína alimentar que é identificada como um
“corpo estranho” (FERGUSON,
1992). Nas
intolerâncias alimentares, como por exemplo, intolerância à lactose, não
existe a intermediação do sistema imunológico. Nas
alergias, segundo a classificação de Gell e Coombs, existem os
Mecanismos de Hipersensibilidade dos tipos I, II, III e IV. Porém,
diversos estudos clínicos e laboratoriais mostram uma participação
maior dos mecanismos dos tipos I e III e principalmente de uma ação
combinada dos dois tipos. Reação de Hipersensibilidade do tipo I São
as reações alérgicas conhecidas tradicionalmente. São mediadas pela
imunoglobulina IgE, com reações imediatas, podendo se manifestar de
minutos após o contacto com a substância alergênica, até oito horas após
a exposição ao alergeno, portanto, neste tipo de alergia, é muito mais
fácil associar o sintoma ao alergeno que o provocou. Este
tipo de reação ocorre em pessoas geneticamente predispostas e que
sofreram uma ou mais exposições ao alergeno, formando e fixando a IgE
nos mastócitos, que ao serem sensibilizados novamente com a substância
alergenica ( em pequenas quantidades), reagem e vão liberar vários
mediadores químicos, entre eles a histamina ( em grande quantidade ). Os
sintomas alérgicos vão depender dos órgãos de choque, e vão variar de
rapidez, intensidade e gravidade, na dependência do estado de sensibilização
individual, da quantidade de exposição alergênica a das ações
farmacodinâmicas produzidas pela liberação de histaminas e dos outros
mediadores químicos. Apenas
2% das alergias alimentares pertencem a este tipo de reação,
sendo mais comum em crianças do que em adultos. Reação de Hipersensibilidade do tipo III São
conhecidas como Alergia Escondida, Hipersensibilidade e até como Intolerância
Alimentar : A
maior parte das manifestações alérgicas são as tardias (98%) e são
causadas por alergias escondidas, freqüentemente com reações iniciadas
de 2 horas a 3 dias depois do primeiro contato com o alergeno, e comumente
confundidas com alergias imediatas, sendo mediadas principalmente pelo
anticorpo IgG ( e também o IgM ). Num
processo de hipersensibilidade podem coexistir a liberação de anticorpos
IgE e IgG, que além da liberação de histaminas ( em menores quantidades
) também
causarão a formação
de imunocomplexos (antígenos + IgG). Este conjunto de fatores fazem com
que a Hipersensibilidade não apresente reações imediatas. A
gradual liberação de histamina e formação dos
imunocomplexos é que provocam reações tardias. No processo de
hipersensibilidade a substância alergênica ingerida deve ser consumida
freqüentemente, e não uma só vez. A quantidade consumida e a
freqüência é que determinará a sintomatologia. Nem sempre existem
sintomas quando esta substância é ingerida uma só vez. Outra
particularidade importante no processo de Hipersensibilidade é que a
liberação de histamina ( em pequenas quantidades ), causada pela substância
sensibilizante, gera uma sensação de prazer, conforto e relaxamento ,
devido ao fato da histamina ser um relaxante cerebral. Portanto, o consumo
do alimento sensibilizante é primeiramente ligado ao prazer e não aos
sintomas que ele trará, muitas vezes levando a uma dependência (vício)
de consumo do alimento
sensibilizante ou de seus derivados (ex. Chocolates , laticínios , doces
, álcool etc. ). Somando-se a isto, como outra consequência da
reação a um alimento alergênico, existe a diminuição dos níveis de
serotonina plasmática desencadeando distúrbios neurológicos, como
ansiedade, compulsão e até mesmo depressão, que colaboram para a dependência
do alimento alergênico, já que a sensação inicial é de prazer. ( LIN
et al., 2000; BODMER et al.,
1999 ). As
manifestações clínicas são cíclicas e variam em tempo, intensidade e
gravidade, mesmo quando desencadeadas por um mesmo alergeno, pois os
fatores que determinam os sintomas são somatórios e podem tem interferências
fisiológicas, emocionais e ambientais. As
liberações de IgEs e IgGs e as histaminas e enzimas liberadas (que podem
produzir danos celulares), vão ser responsáveis em conjunto, por um
grupo de manifestações clínicas ainda pouco compreendidas pelo ângulo
imunológico e confundidas com outras doenças e sintomatologias ( físicas,
mentais e emocionais ) sendo portanto tratadas de maneira incorreta. Estes
mecanismos provocam uma gama de sintomas, muitas vezes de difícil diagnóstico
clínico. A coexistência dos mecanismos de hipersensibilidade é uma
descoberta muito recente e explica uma imensa quantidade de doenças alérgicas
de respostas tardias. Pela dificuldade de diagnóstico, muitas vezes estas
hipersensibilidades são confundidas com outras doenças, isto é, podem
“imitar “ sintomas relacionados a doenças específicas. Por exemplo,
pode existir uma hipersensibilidade que cause sintomas de gastrite, porém
não adianta ser tratada como gastrite se não for tirado o alergeno que a
provocou. Alguns
sinais e sintomas que podem ser provenientes de alergias escondidas: Asma
brônquica; Rinite,
sinusite, otite, amígdalite, produção excessiva de muco; Cistite
de repetição, candidíase, enurese noturna; Regurgitação
e cólicas em bêbes, dificuldade de crescimento, diarréia, constipação,
perda de apetite, má absorção; Obesidade,
magreza, bulimia, anorexia, hipoglicemia; Gastrite,
colite, esofagite, doença celíaca, aumento de flatulência, náuseas, vômitos; Cefaléia,
enxaqueca, convulsão, fadiga; Insônia,
sonolência, embotamento mental; Hiperatividade,
distúrbios de concentração, alteração de humor, depressão,
ansiedade, comportamento anti-social; Acne,
eczema, caspa, urticária, dermatite; Olheiras,
olhos inchados, olhos e lóbulos das orelhas vermelhas, bochechas
vermelhas, língua rachada e/ou branca; Dores
musculares e articulares; Doenças
auto-imunes como artrite reumatóide,
tiroidite, lúpus eritematoso sistêmico; A
individualidade bioquímica faz com que os organismos possam reagir de
maneiras diferentes ao mesmo alimento, podendo desencadear processos crônicos
durante a nossa vida , sintomas estes que vão trocando o órgão alvo,
conforme os sintomas dos mesmos vão sendo tratados ( sem tratar as causas
), como por exemplo otite que ao ser tratada, a hipersensibilidade troca o
órgão alvo e passamos a desenvolver amigdalite, depois rinite, depois
gastrite , e às vezes concomitante a estes sintomas pode existir uma
enxaqueca ou obesidade , todos estes sintomas ainda podem ser acompanhados
por ansiedade, agitação, alteração na qualidade de sono, dificuldade
de acordar de manhã , falta de concentração etc. Estes sintomas podem
conviver ou ainda irem se alternando durante a vida. Hoje sabemos que
problemas como estes podem ser conseqüência de hipersensibilidades
alimentares, causando reações que podem ser inflamatórias ( as
“ites” em geral ), mentais ( falta de concentração ) ou emocionais (
ansiedade ). Dependendo
da predisposição genética, da monotonia alimentar, da capacidade de
detoxificação e da capacidade funcional do trato gastrintestinal, pode
ou não se expressar as hipersensibilidades alimentares. FATORES
QUE FACILITAM
AS HIPERSENSIBILIDADES
ALIMENTARES Além
de predisposição genética, quaisquer condições que favoreçam a
passagem de macromoléculas intactas do lúmen intestinal para a circulação
sanguínea poderá disparar o processo alérgico, desencadeado pela formação
dos complexos antígeno-anticorpo ( imunocomplexos ). Em
condições normais os imunocomplexos são removidos pelo Sistema
Reticuloendotelial, porém, quando presentes em grande quantidade vão
desencadear as reações alérgicas. As
condições ideais para a digestibilidade do alimento vão ser
determinantes neste processo, como: -
Mastigação adequada; -
Formação e manutenção do pH
ácido do estômago; -
Formação e ação adequada
das enzimas gástricas, pancreáticas e intestinais; -
Liberação e ação adequada
dos ácidos bileares; -
Adequação da liberação de
bicarbonato pelo pâncreas; -
Manutenção da integridade da
parede intestinal e da flora intestinal; -
Adequação da capacidade
funcional do fígado e do intestino de detoxificação. As
alterações na integridade do trato gastrintestinal podem ser causa e
também consequência de alergias alimentares e/ou químicas, entrando num
círculo vicioso. Fatores
que podem alterar a integridade da parede intestinal ( causando “Leaky
Gut” ): -
Baixa ingestão de fibras dietéticas; -
Consumo regular de carboidratos refinados e substâncias químicas -
Consumo regular de fatores antinutricionais ( por exemplo, cafeína
) -
Deficiência de enzimas digestivas ( por exemplo, lactase ) -
Alergênicos alimentares ( por exemplo, betalactoglobulina ) -
Infecções ( por parasitas, bactérias, fungos, leveduras ) -
Alta quantidade de espécies reativas de oxigênio ( ROS ) -
Carências nutricionais ( folato, zinco, vitamina A, vitamina B12,
L-glutamina ) -
Drogas como anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteróides,
anticoncepcionais, antibióticos,
laxantes, quimioterápicos -
Álcool; Sensibilidade ao glúten -
Disbiose intestinal Além
da integridade do sistema digestório, ainda é determinante a Competência
do Sistema Imune. SISTEMA IMUNOLÓGICO O
Sistema Imunológico é um conjunto de células, órgãos e estruturas
especializadas e não especializadas, cuja função é identificar e
destruir invasores estranhos antes que qualquer mal seja feito ao
organismo. Existem vários dispositivos , não diretamente gerenciados pelo sistema
imunológico que trabalham para impedir a
entrada de elementos estranhos (antígenos)
no nosso organismo entre eles : ·Barreira física : pele ·Barreira de defesa inicial não imunológica : -
Atividade motora das mucosas ( cílios e peristaltismo ) -
Flora bacteriana residente ( competitiva ) -
Parede intestinal ( selecionando
o que deve ou não entrar no organismo ) -
Secreção mucosa -
A lágrima contém lisozima, um composto que mata bactérias -
O leite “humano” é rico
em lactoferrina; -
Na saliva, além da lactoferrina e lisozima, há também a
bacteriolisina. Se, de alguma forma, macromoléculas e microorganismos conseguem vencer e ultrapassar as barreiras iniciais não imunológicas e inespecíficas, um processo imunológico será ativado, na tentativa de impedir qualquer dano que, porventura, possa ser provocado ao organismo. ·Defesa imunológica: O
primeiro elemento de defesa do sistema imunológico, ainda na superfície
mucosa, é a imunoglobulina A ( IgA ). Esta imunoglobulina possui a
capacidade de ligação com antígenos ( substâncias estranhas ao
organismo ) inalados ou ingeridos, impedindo-os de serem absorvidos e
expondo-os a enzimas na superfície mucosa, que, por sua vez, realizam
clivagem bacteriana ou neutralização de microorganismos e toxinas.
Macromoléculas de alimentos e ingestantes ligadas a IgAs, sob ação
enzimática, são subdivididas em moléculas menores, possibilitando sua
absorção, sem o risco de desencadearem reações alérgicas. A IgA
encontrada nas superfícies mucosas ou em secreções ( IgA secretora ) é
produzida, principalmente, nas amígdalas e no tecido linfóide
intestinal. A IgA encontrada no soro sangüíneo ( IgA sérica ) é
produzida principalmente pela medula óssea e pelo baço. Além
da IgA ser responsável pela barreira imunológica primária na parede
intestinal, dificultando a penetração dos antígenos, esta
imunoglobulina também exerce um importante papel na neutralização
intramucosa de microorganismo e excreção de antígenos. Pode-se
ressaltar entre suas ações: neutralização de toxinas, bactérias e vírus,
impedindo a fixação dos mesmos às células do intestino ( enterócitos
) e a formação de complexos
de elevado peso molecular, com diversos tipos de proteínas ( alimentares
ou não ), impedindo sua absorção. Quando
estas defesas não são suficientes e estes antígenos passam para a
corrente sangüínea, ainda existem defesas imunológicas inespecíficas
compostas por glóbulos brancos que tem a função de fagocitar ( comer
e destruir ) os invasores que em conjunto com o
sistema reticuloendotelial e linfático vão “limpar” o sangue
destas substâncias estranhas, sejam elas quais for, preferencialmente sem
causar danos ao organismo. Se houver sobrecarga dos antígenos no sangue e
estas primeiras defesas não derem conta, outros tipos de glóbulos
brancos entram em ação e atuam por diversas formas, sendo diretamente
contra o invasor ( fagocitose
) e/ou produzindo anticorpos específicos ( imunoglobulinas ) contra os
mesmos e também produzindo substâncias químicas ( histaminas e outros
autacóides ) para combatê-los. São essas reações intensas e freqüentes
que provocarão alterações funcionais em órgãos-alvo mais sensíveis,
podendo causar reações imediatas, alergias, ou reações tardias que são
as chamadas hipersensibilidades ou alergias escondidas. TratamentoAnalisar
os fatores que contribuem para o desencadeamento ou exacerbação dos
sintomas da alergia: Desmame
precoce e introdução dos alimentos Frequência
de consumo dos alimentos Preferências;
Aversões Monotonia
alimentar Alimentos
ocultos Consumo
de produtos químicos Ingestantes
alimentares Àlcool,
cafeína e outros fatores antinutricionais Hábitos
alimentares: Quando, Como, Quanto O quê e Com o quê se come Outros
fatores que podem interferir para exacerbar o processo alérgico: Medicações
que interferem com o trato gastrintestinal e com a biodisponibilidade de
nutrientes ( Antibióticos, antiácidos, laxantes, antiinflamatórios não
esteroidais etc) Estresse;
Fumo; Dinâmica familiar e social Poluição
e condição ambiental; Alterações bruscas de temperatura Conduta NutricionalApós a análise de todos
estes fatores, avaliar a relação dos mesmos com os sinais e sintomas
desenvolvidos pelo paciente. Detectar quais os processos podem estar sendo
causas ( ou consequências ) de alergias alimentares escondidas, intolerâncias
alimentares e desequilibrios nutricionais, dificultando uma nutrição
celular adequada e consequente funcionamento ideal orgânico. Promover
uma reeducação alimentar consciente ( todo processo real de mudança
acontece a partir do conhecimento ), abordando todos os aspectos nela
envolvidos (físicos, emocionais, sociais, culturais e financeiro),
permitindo uma melhor efetividade nas orientações
recebidas. Entenda-se que
reeducação alimentar não significa adotar restrições ou inclusões
radicais de alimentos, mas compreende conhecer, individualizar e aplicar
os conceitos de: Como Comer, Quando Comer,
Quanto Comer, O Que comer e
Com O Que Comer. Para resgatar e preservar as
funções orgânicas, devemos utilizar todos os meios disponíveis
conhecidos para efetivamente nutrir a célula, que tem como base um hábito
alimentar adequado, somando-se a ele, a utilização específica de
alimentos funcionais e a suplementação nutricional, para mais facilmente
tratar os desquilibrios e sair de um ciclo vicioso que foi colocado
anteriormente. Conduta AlimentarDetectando os erros
alimentares e os alimentos alergênicos, por avaliação laboratorial e /
ou clínica ( avaliação de sinais e sintomas e dos hábitos alimentares
), elaborar uma orientação
que corrija estes erros e um plano alimentar que leve em consideração: -
Conhecimento
dos alimentos no que se refere ao grau de reatividade ( baixa, média e
alta reatividade ); -
Conhecimento
do parentesco biológico dos alimentos ( reação antigênica cruzada
entre os alimentos ) -
Exclusão
temporária dos alimentos de maior reatividade ( por -
Rotatividade
de 4 dias(ou mais) dos alimentos de baixa ou média reatividade; -
Reintroduzir
os alimentos de alta sensibilidade ( 1 de cada vez ), avaliando os
sintomas, e se necessário manter a exclusão por mais um período, de
acordo com as reações manifestadas; Se não tiver nenhuma reação
adversa, manter o alimento também na rotatividade de 4 dias ( ou mais ); -
Atendimento
das necessidades nutricionais, substituindo os alimentos de exclusão por
equivalentes características nutricionais; -
Acompanhamento
e conscientização do paciente e/ou
familiares durante todo o processo de exclusão e reintrodução dos
alimentos alergênicos; -
Acompanhar a evolução do quadro clínico do
paciente face às orientações nutricionais recebidas e sua adaptação
aos novos hábitos; -
Avaliação
da necessidade de suplementação ou complementação de nutrientes em função
do tempo e tipo de alimento excluído ( crianças, gestantes ); -
Avaliação
da necessidade da prescrição de alimentos funcionais e
suplementos nutricionais para dar : Suporte digestivo; Suporte imune; Ação antihistamínica;
Antioxidantes; Suporte hepático/ Detoxificante; Reparação
gastrintestinal;
Recuperação do estado nutricional. A suplementação de
alimentos funcionais como pré e probióticos para recuperação e manutenção
da microbiota gastrintestinal vai atuar em praticamente todos os fatores
relacionados pois ajuda a recuperar a mucosa intestinal, adequar o pH
intestinal e a permeabilidade da mucosa para absorção de nutrientes e
eliminação de substâncias estranhas, melhorar o sistema imunológico,
dar suporte digestivo, combater bactérias patogênicas ( por competição
e produção de antibióticos naturais), dificultar as infecções
intestinais e, melhorando o estado nutricional como um todo, contribuir
para melhorar a ação dos antioxidantes e favorecer a detoxificação. A maior parte dos pacientes
alérgicos têm grandes desequilíbrios nutricionais em consequência dos
fatores que determinam seu desenvolvimento. Em geral as suplementações
devem ser, num primeiro momento, com complexos de vitaminas e minerais,
levando em consideração as competições e sinergias entre os mesmos. É comum a suplementação de
ácidos graxos essenciais, via alimentos funcionais ou suplementação
isolada ( ex. semente ou óleo de linhaça ), para ativar o sistema imunológico,
dar suporte para o estado emocional e ser utilizado como anti-inflamatório
natural. Para recuperar a integridade
da parede intestinal, pode ser útil a suplementação de L-glutamina ,
assim como dos nutrientes zinco, selênio, ácido fólico, ácido pantotênico
e complexo B em geral, carotenóides, vit C, vit E, vit A e bioflavonóides.
Estes nutrientes também têm ação antioxidante, anti-infamatória,
ativam o sistema imunológico, auxiliam a detoxificação hepática e
contribuem com o estado nutrional como um todo. A vitamina C,
o manganês e a quercitina têm ação de inibir a degranulação
dos mastócitos, diminuindo a liberação de histamina, dando, portanto um
suporte anti-histamínico. Enfim, as possibilidades
terapêuticas nutricionais são inúmeras e determinadas pela
individualidade bioquímica, considerando todos os aspectos discutidos e
lembrando que estes conhecimentos são extremamente novos e muitos
processos ainda irão ser esclarecidos, sendo de fundamental importância o bom senso e a nossa pesquisa constante para alcançar sempre o melhor estado de saúde. BIBLIOGRAFIA - Lin, RY; Schwartz LB; Curry A; Pesola GR; Knnnight RJ; Lee HS; Bakalchuk
L; Tenenbaum C; Westfal RE. Histamine and tryptase levels in patients with
acute allergic reactions: Na emergency department-based study. J.Allergy
Clin. Immunol.;106( - FERGUSON, A. Definitions and diagnosis of food
intolerance and food allergy: consensus and controversy.J. Pediatr.;121( -
Tryphonas H & Trites R. Food allergy in children with hyperactivity,
learning disabilities and/or minimal brain dysfynction. Ann. Allergy, 1979 -
Bindslev-Jensen C; Skov PS; Madsen F; Poulsen LK. Food allergy and food
intolerance-what is the difference ? Ann. Allergy, 72:317-320, 1994 -Jenmalm,
MC Et Bjorksten B. Exposure to cow´s milk during the first 3 months of
life is associated with increased levels of lgG subclass antibodies to
betalactoglobulin to 8 years. J.Allergy Clin.Immunol; 102 ( -
Zoltan P. Rona, M.D. Childhood Illness and the Allergy Connection . Prima
Publish, 1997 -
Lazarus, Pat A cura da mente
através da terapia nutricional. Editora Campus, 1997 -
Frances Taylor MA, Jacqueline Krohn MD, Erla Mae Larson RN Allergy Relief
& Prevention. Hartley & Marks Publishers, 2000 -
Arthur C. Guyton, M.D. and John E. Hall, Ph.D. Fisiologia humana e
mecanismos das doenças. Guanabara Koogan, 1998 - Michael T. Murray, N.D. Encyclopedia of nutritional supplements. Prima
Health,1996 -
Stephen Astor, MD. Hidden food allergies. Avery publishing group, 1986. -
Jonathan Brostoff, M.D., Linda Gamlin Food allergies and food intolerance.
Vermont, 2000. - L. Kathleen Mahan, Sylvia Escott-Stump. Krause. Alimentos, Nutrição
& Dietoterapia. Roca, 1996. - H. DeWayne Ashmead. Nutrição & minerais, aminoácidos, quelatos.
Albion Publicações. 1996 - Michael Bennett, Pharm.D. The Flaxseed Revolution. Optimal Healthspan
Publications, 1998 - Zoltan P. Rona, M.D. Childhood Illness and the Allergy
connection. Prima Publishing, 1997 -
Elson M. Haas, M.D. The Detox Diet., Celestial Arts, 1996
|